De uma feita, eu estava sentado sozinho num banco da praça da Alfândega quando começaram a acontecer coisas incríveis no céu, lá para as bandas da Casa da Correção: havia uns tons de chá, que se foram avinhando e se transformaram nuns roxos de insuportável beleza. Insuportável, por que o sentimento de beleza tem que ser compartilhado. Quando me levantei, depois de findo espetáculo, havia umas moças conhecidas, paradas à esquina da rua da ladeira.
- Que crepúsculo fez hoje! -disse-lhes eu, ansioso de comunicação.
- Não, não reparamos em nada-respondeu uma delas.-Nós estávamos aqui esperando o Cezimbra.
E depois ainda dizem que as mulheres não têm senso de abstração...
Mário Quintana
(E eu posso assegurar que teria dado conta do meu senso de abstração para ver um crepúsculo como o descrito, o que realmente costumo fazer! Asseguro ainda que, estando eu na Praça da Alfândega ,não teria dado uma resposta como essa ao pobre moço que gostava de reparar no céu.)
isso me fez lembrar um certo alguém que da valor as coisas simples da vida.
ResponderExcluir;)
se for quem eu tô pensando.. hehe ;) ou nem passei perto? ;P
ResponderExcluiré exatamente esse que você está pensando...
ResponderExcluirahuahuahuauah
;)
ai meudeusu! momento de tensão! hehe ;)
ResponderExcluirtu sabe, neh, que agr ele foi ver o sol se pôr do continente europeu??
ResponderExcluirai que eu não sabia :( bom pra ele né? pra gente não.. hehe
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