segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O dia em que matei meu dourado...

Uma manhã de sol linda! Assim começou a trágica história do Dourado, meu eterno peixinho de estimação. Até hoje me sinto como uma fugitiva da justiça que praticou homicídio culposo causado por negligência, imprudência e falta de socorro a vítima. Quando ganhei o Dourado, tratei de cuidar muito bem dele, pois nunca fui chegada a animais e ter um peixinho já era grande coisa pra mim. Ele era meu bebê e eu realmente o tratava como um. Só não dava papinha por que enfim.. mas continuando, no auge da minha inocência, tive o que na hora pensei ser uma brilhante idéia! E se eu der um banho de sol no dourado? Os bebês não tomam banho de sol? Por que meu peixinho de estimação não pode? (Dá um desconto vai, eu devia ter uns 9 anos!). Muito empolgada, peguei o aquário e coloquei no jardim.. fiquei com ele um pouquinho mas ouvi mainha me chamando.. nunca esqueço que antes de sair,  eu disse algo do tipo: Venho já te pegar! Venho já?! Passei o resto do dia brincando, assistindo desenho, e acabei esquecendo meu peixinho lá. Quase na hora da comida dele, lembrei! Mas como assim, será que ele tá bem? Fui correndo e não deu tempo. Tarde demais :/ Lá estava meu douradinho naquele aquário pegando fogo de tão quente! A partir daí, decidi que nunca mais ia ter outro peixinho de estimação. Fiz um enterro digno, com pompas, muito luxo e uma caixa de fósforo.Cantei pra ele uma música, não lembro qual. Só sei que todas as formigas vieram pro enterro. Por fim, peguei algumas florzinhas do jardim e coloquei em cima do lugar onde enterrei meu pequeno. Acho que ele tá bem. Me fez feliz como ninguém.

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