segunda-feira, 10 de maio de 2010

A chave.

Eu lhe escrevo às escondidas, porque não quero que ninguém saiba. Então faça de conta que sou a esfinge do Egito.Eu nunca soube como te ajudar a resolver seus problemas, mas já implorei a Deus de joelhos pedindo que o fizesse. Eu nunca soube abrir meu coração, mas eu já o joguei ao vento entregando carinhos que ali foram deixados. Eu nunca fui atrás de você, mas já me sentei no banco da repartição pública esperando que você passasse, e algumas vezes você nem me viu. Eu nunca te olhei demoradamente nos olhos, mas já abaixei os meus por medo de que eles me atravessassem.Eu nunca quis te ligar por medo de lhe tirar a liberdade, mas já dormi ao lado do telefone esperando que ele tocasse, e muitas vezes ele nem se mexeu. Eu nunca soube como voar, mas já coloquei asas em palavras para que pousassem em seu coração.

Pipa

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